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Foto © Darren Heste CC: Atribuição, Não-Comercial


quinta-feira, 29 de março de 2007

"A chance de vencer o atraso no ensino"

A edição 461 da revista Época traz um artigo intitulado "A chance de vencer o atraso no ensino". Motivado pelo "computador de 100 dólares" em avaliação pelo Governo Federal, o artigo tenta discutir o "potencial" das tecnologias de informação e comunicação de "tirar as escolas do passado e trazer os professores para a era digital dos alunos". Em termos das novas tecnologias, qual é a situação da escola? O que o artigo diz a respeito?


Segundo o Ministério da Educação, apenas 30% dos alunos do ensino fundamental brasileiro estudam em escolas onde há algum computador. Na prática, muitas vezes os computadores não ficam disponíveis para os alunos. Estão trancados em laboratórios ou são usados na secretaria. Mesmo nas particulares, dos 3,3 milhões de alunos que cursam da 1a à 8a série, mais de 1 milhão ainda não tiveram acesso a um computador. A média brasileira é de uma máquina para cada 50 alunos. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomenda uma para cada cinco estudantes. Nos Estados Unidos, as escolas oferecem um computador para cada três alunos.

Com o "computador de 100 dólares", o governo pretende mudar tal situação. As expectativas são grandes, mas quais as chances de sucesso da "revolução" pretendida?

2 comentários:

Anônimo disse...

É muito válida a intenção do Governo Federal em adquirir e repassar para as escolas públicas laptops acessíveis.

O que me preocupa são outros fatores, como dois mencionados na própria reportagem: o uso adequado da tecnologia (Passei por uma experiência que foi horrível. A escola em que trabalhava na época tinha a sala de informática e obrigava os professores a usá-la. O problema era que não havia nenhuma orientação sobre o que deveria ser desenvolvido na aula.) e a fase de transição em que a maioria das Ues tem passado.

Alguns dias atrás, assisti à uma reportagem no Jornal Hoje que denunciava a dura realidade de algumas UEs brasileiras: estrutura física inadequadada, vandalismo, falta de manutenção e, por incrível que pareça, de professores.

Deixo uma questão para encerrar este comentário: Apenas a tecnologia será suficiente para driblar todos os problemas relacionados ao atraso no ensino?

Osmar (Curso Yai) disse...

Com certeza apenas a tecnologia não será suficiente para driblar os problemas relacionados ao atraso do ensino... Acredito que, a princípio, ela, na verdade, apresenta novos problemas (o computador que não funcionou na hora, a lâmpada do projetor que queimou, a senha da rede que esqueci, o leitor de cd que não lê dvd...)
Acredito também que sempre existe uma fase de "adaptação à tecnologia". Esse, talvez, seja um processo com qual quem fornece a tecnologia para professor e alunos também deva participar (dando orientações, cursos de atualização e também coisas simples como conjuntos de referências pedagógicas na internet (sítios) interessantes e que possam servir de ponto de partida para o professor). Talvez assim ela possa então contribuir com o trabalho do professor e com o desenvolvimento do aluno.
Mas, além de tudo isso, penso que existe uma série de questões relacionadas com o nosso contexto cultural, com a formação do professor, salários, condições de trabalho, que são independentes de tecnologia... assim, a tecnologia, sozinha, ao meu ver, não vai resolver todos os problemas relacionados ao atraso do ensino.
Deixo então outra pergunta: de que forma a tecnologia contribui (ou poderia contribuir) com o processo educacional?

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